Desalinhados e iguais



Conversas de leve, sorrisos pequenos e algumas caronas,
Amigos bons e um pouco de confiança,
Sem segredos, sem percepção e nem atração,
Tudo normal e só...

Um vacilo e tudo se transforma,
Quem sabe um acaso da vida,
Retrato que escapa e se faz percebida,
Como concebida, livre e nua.
Muda tudo...

As mãos tremem em cima do teclado,
O coração acelera,
Chega o frio da minha vontade,
Nervosismo e os pensamentos a mil,
Tão perto sem conhecimento,
Sem saber permite ser notada.
E passa ser encanto.
E pronto! Tudo muda.

Confiança aumenta,
Aquece as conversas,
Um perceber quando o outro não percebe,
Observa quando o outro não sabe.
Tudo esconde, encobre ou camufla,
 Nada real, tudo imaginação de um ser virtual,
  
Um começo...
Jogos de segredos,
Detalhes a cada pergunta,
Surpreende com as respostas,
Cria vontades e nutre os desejos,
Um escambo de percepções e detalhes,
Esquenta a troca de palavras,
Um aqui e outro ali,  
Em quartos e camas quentes e distantes,
Religados por um sinal,
A tela que ora separa agora nos junta,
Cada toque, cada imaginação ao se tocar,
Respiração pesada, folego que falta,
Gemidos que se espremem,
Pulsa entre as penas que se apertam, se travam,
Te escuto bem junto ao ouvido, como se estivesse aqui perto,  
Sentimos um ao outro como se passássemos a ser apenas um,
Bem perto, bem forte, bem um.
Arrepia as costas e perto do pescoço,
Um sentir sem fim...
Enfim desaguamos... Juntos!!
Tudo que estava preso.
Como se tivesse na mesma cama.  
E ficamos...

Mudos!!!

Pedro Drope (20/03/2006)

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