Arte dos Encontros
Foto por Pedro Drope - Praia do Xaréu
Um conta-gotas do céu, no pouco contato,
Uma voz dengosa de manha numa manhã de bom dia,
Vibra celular e um coração quando atende,
Cautela que cuida das palavras livres e leves,
Um endereço quase certo que se acha e
(des)encontra.
Um santo xará que não da trégua,
Dois contos do mundo longe, tão de perto,
Um conhecer de pessoas, incomum de carinhos...
Acredite, Deus tem uma mania doida de dar arte aos
encontros,
Cruzam sorrisos, as poesias, sonhos e achando pouco
misturam os olhares,
Parece mais traquinagem de quem não tem o que fazer
em dia de chuva,
Unta dois, junta as praias, e parelha sobrinha em
pé e deitada,
Protege da chuva de vento, do tempo e dos
sentimentos...
Posso nem ter ainda decorado o cheiro e nem o
aproximadamente meio beijo,
Mas os olhos que quase transbordam um amor cheio de
lagrimar nas conversar,
Esse eu tenho em mim como raiz que cresce por
dentro,
E nem ela própria, querendo ou emburrada, não
consegue arrancar...
Uma flor da pele de sentir,
Encanto de descobrir aos poucos,
Pedaços de arte, escambo de músicas e uma árvore
escrita como poema,
Retrato de atenção, pretensão, sem intensão,
Liberdade de polyamor só de poesia,
Uma vontade de terminar o dia com cuidado, aos
cuidados e cuidando.
Escorrega a pista,
Escorrega as
horas,
Escorrega a
tentativa do beijo.
Planta pensamentos e se vai.
Pedro Drope (02/07/2012)
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