Donos do Tempo

Fomos despercebendo o tempo, sem fazer contagem, vivendo o instante com todos os seus embaços, embaraços, esquecimentos, lembranças, encontros e desencontros. Fomos ganhando tempo, transgredindo os ponteiros dos cálculos dos segundos e a ampulheta da experiência ficou deitada sem desperdiçar nenhum grão, se quer. O novo para ao instante sempre foi novo, o velho sempre se renovou, a busca nunca parou e assim conquistamos, aproveitando cada momento. Tudo poesia, tudo música, tudo incenso, tudo massagem, tudo o toque, tudo o beijo e tudo agora. Resto do inesperado, o improvável do ser, o surpreender sem jamais arrancar ou procurar. Não temos o andamento, temos o andar. Não temos a ocasião, temos a causa. Não temos a era, somos dono do nosso tempo.


Pedro Drope... (02/04/2007)

Comentários

Não seria sempre agora?
Anônimo disse…
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