Puxa que sorte!

( Foto by Pedro droPe... dentro da piscina em Xaréu)


“Certo dia já me encontrava casado e com filho, mas como assim? Sem processos e fases longas vividas nenhuma? É possível? Em questão de poucos minutos toda minha vida tinha mudado: o que era um menino, bagunceiro, arteiro, solteiro, boêmio, músico e que sempre buscava ser poeta, passava bruscamente a ser um trabalhador, dono de casa. Mas veja você o fato foi tão rápido que ninguém sentiu... Um toque no braço no pé do portão, o corpo estremece e logo está tomada a decisão, filho querendo, aprovando e tudo cedendo, deixei de morar com meus pais que eles nem notaram, quando se deram conta, nem conta mais eu fazia. Responsabilidades que em outrora nem existiam. Agora tínhamos tudo, família, escola, casa, trabalho, feira e até padaria. Coisa que só via acontecer com os outros. Acordar cedo, leva criança na escola, varrer a sala e até o terraço, comida pra cachorro, passarinho e, se tivesse, até pra o gato. Sair pra comprar o que falta, verdura, fruta, queijo, leite e pão. Eita! Já estava esquecendo do macarrão pra lasanha. Bebidas só finais de semana, precisamos economizar, nunca se sabe quando teremos despesas a mais. Balada, sozinho? Nem pensar!!! No máximo levar o cachorro pra passear e ainda carregando um monte de perguntas enciumadas, tipo: vai demorar muito? Posso ir contigo? Tem certeza que quer ir sozinho? Por que não posso ir? Essas coisas que contribuem pra musa virar museu. Vocês devem saber sobre o que estou falando, não é? Mas não parávamos por aqui. Tínhamos às vezes que ir ao banco, shopping e quase sempre bastantes contas a paga; filmes inúmeros pra assistir, o que sempre era um dos momentos mais felizes, pois passávamos um monte de tempo trocando carinhos; novela pra acompanha e discutir na hora do almoço de amanhã. Tudo era a gente mesmo que fazia, desde amor e carinho a mudar os móveis do local; pegar rato na ratoeira com isca de charque, por que como ela é dura e fica mais fácil pra capturar os danados, consertar privada que já faz tempo que não funciona direito, tentar colocar durepoxy no cano pra evitar o vazamento e colocar o lixo pra rua, porque já está na hora do caminhão passar. Cortar mato do quintal ou da frente da casa, podar as árvores e junto com ela alguns de nossos sonhos. Porém, não somos apenas trabalho, somos sorrisos, paixões, ternuras e músicas, a sala se transformava em palco e até em estúdio de gravação. Na verdade queríamos tudo que transforme nossos dias em plena alegria, inclusive levar crianças e família junta pra ir à casa de praia, registrando tudo em fotografia, por que dura à vida inteira e faz com que todos os momentos se tornem reais sempre que queremos revivê-los. Dormir bem tarde e acordar cedo, mudar os hábitos e até os ideais. Isso tudo constituem a vida de casado e, conseqüentemente incluem lua de mel no melhor estilo, festas de comemorações e também às vezes pequenas discussões e agüentar algumas TPM’s. Porém em um dia de domingo com almoço típico de família quando tudo se parecia correr bem. Chega à noite todos em frente à TV e semana pronta pra recomeçar.... “



É quando escuto um grito do meu pai dizendo acorda Pedro, que já são dez horas da manhã de um sábado em completo sol, você não vai jogar futebol com os meninos na praia? Ufffa... Acordei assustado com tudo isso, porém depois do jogo acho melhor beber pra comemorar a essa vida de solteiro que ainda tenho.




Pedro droPe...(10/10/2007)

Comentários

Mona Azevedo disse…
Mais uma vez: Parabéns!

=D

eu gostei desse sonho... lembra muito minha familia. UHASUHSAUHASHUSAUHAS (mas isso não quer dizer q somos um pesadelo - AUSHUAHHUASHUSAHUSHUSA)
Danielle disse…
Perfeito, minha cara esse sonho real. Ainda bem que acordei. kkk

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